Antiferrugem
Proteger equipamentos de aço da corrosão pode ser um grande desafio: do tamanho de um superpetroleiro, por exemplo.
Os revestimentos para deixar os metais à prova de oxidação - comumente conhecidos como cromeação - têm resolvido grande parte dos problemas.
Mas eles poderiam ser ainda mais efetivos se não lidassem com elementos pouco simpáticos ao meio ambiente e à saúde humana - como o cromo hexavalente.
E se fossem mais baratos, eventualmente permitindo a proteção de objetos tão grandes quanto navios.
Revestimento de grafeno
A solução pode estar no outro lado do espectro dimensional, no grafeno, o já bem conhecido material maravilha criado pela nanotecnologia.
Engenheiros da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos, criaram uma espécie de verniz negro, um compósito cujo componente principal é o grafeno, folhas unidimensionais de carbono.
Ajustando a concentração e a dispersão do grafeno no interior do compósito, Robert Dennis e Sarbajit Banerjee conseguiram proteger da corrosão chapas de aço mergulhadas em salmoura, um dos ambientes mais agressivos que se conhece.
O verniz de grafeno só deixou que a salmoura começasse a atacar o aço depois de um mês, o que significa que, mesmo no ambiente marinho, o aço assim protegido poderia ter uma vida útil de vários anos.
Compósito hidrofóbico
O compósito é hidrofóbico e ligeiramente condutor, ajudando a evitar a corrosão repelindo a água e retardando reações eletroquímicas que podem transformar o ferro em óxido de ferro, a conhecida ferrugem.
Segundo os pesquisadores, o compósito pode ser fabricado usando os mesmos equipamentos já empregados na galvanoplastia, ou eletrodeposição, que é o processo usado para a conhecida cromeação - o processo industrial atual usa outros materiais além do cromo.
"Isto poderá ajudar as fábricas a se reinventarem de uma forma mais saudável em um ambiente regulatório cada vez mais rigoroso quando se trata da poluição com cromo," disse Banerjee.
Fonte: site Inovação Tecnológica