Os setores de mineração, petróleo e gás devem gerar mais de 400 mil vagas de emprego até 2015. Para qualificar a mão de obra, as empresas montam cursos e até pagam para o candidato estudar.
A situação é tão boa que só o setor de mineração deve faturar em 2012 R$ 10 bilhões a mais que no ano passado. Os estados que mais devem contratar são Pará, com previsão de 180 mil vagas abertas; Minas Gerais, com quase 54 mil oportunidades; Espírito Santo; Bahia e Maranhão.
Dezenove escolas do Senai oferecem cursos na área de mineração. “Operador de mina, beneficiamento de minérios, mecânica de manutenção, instalação elétrica, tudo com foco na mineração. O salário pode chegar a R$ 5 mil”, explica Luciene Marzano, gerente do Centro de Formação Profissional do Senai.
Em Belo Horizonte, a Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, montou um curso para qualificar mão de obra. Nele, o aluno conhece equipamentos e aprende como funciona uma mina. O estudante ganha um salário mínimo durante os cinco meses de aula.
Quando o curso termina, todos os alunos são contratados pela mineradora, que deve treinar até o fim do ano três mil pessoas no Brasil. O aprendiz é contratado por um ano e trabalha em uma das unidades da empresa em 14 estados. Setenta por cento deles são efetivados.
Já a área de petróleo e gás movimenta mais de R$ 440 milhões por ano e representa 12% do PIB nacional. Segundo a Organização Nacional da Indústria do Petróleo, nos próximos dez anos serão gerados 1,7 milhão de empregos no setor.
As contratações devem se concentrar nas regiões Sudeste e Nordeste, onde estão as principais reservas de petróleo e investimentos em refinarias, respectivamente. O Rio de Janeiro concentra 80% da produção de petróleo no Brasil.
As áreas que mais devem gerar vagas são: caldeiraria, soldagem, instrumentação, eletricidade, engenharia de planejamento, administração voltada para gestão de petróleo e gás e direito ambiental.
As oportunidades são para todos os níveis: básico, técnico e superior.
Fonte: Jornal Hoje