As minas sul-africanas de Lonmin e Amplats, duas das maiores produtoras mundiais de platina, estavam paralisadas nesta quinta-feira por uma greve provocada pelos baixos salários dos mineiros, que ameaçam estender a paralisação em todo o país.
Na região mineradora de Rustenburg (norte), entre 4.000 e 5.000 mineiros em greve da Amplats, propriedade da gigante anglo-sul-africana Anglo American, se reuniram em um estádio, armados com os tradicionais bastões e cantando e dançando para manifestar seu descontentamento com os baixos salários.
A vários quilômetros dali, mergulhada em um silêncio anormal, a mina permanece fechada, observada por vigias. Os mineiros exigem salários de 12.500 rands por mês (1.200 euros). A maioria ganha menos da metade. Com 76.000 funcionários na África do Sul, a Anglo American é um símbolo: é a primeira empregadora privada do país e uma das mais antigas empresas de mineração locais.
A direção fechou suas cinco centrais mineradoras de Rustenburg na quarta-feira, oficialmente, por razões de segurança e para proteger os mineiros de "ameaças e intimidações" daqueles que querem impedi-los de trabalhar.
Em Marikana, onde teve início o conflito no dia 10 de agosto, que terminou com a morte de 34 pela polícia no dia 16 desse mês, as instalações do grupo britânico Lonmin funcionam em ritmo lento, com menos de 90% da força de trabalho há vários dias.
As negociações continuavam estagnadas, apesar da participação de um grupo de chefes tribais nas conversas. Uma terceira gigante mineradora, o grupo sul-africano Impala, não sofre com as greves, mas também enfrenta reivindicações salariais.
Fonte: noticias.terra.com.br