No dia 09 de Novembro de 2010 foi realizada uma visita técnica na Região de Natividade. Participaram da visita acadêmicos de Engenharia de Minas do 3º e 4º período acompanhados do professor M.Sc. Rodrigo Meireles.
Nas áreas selecionadas para a visita técnica observou-se que a geologia local é compreendida variavelmente por unidades sedimentares de idades diferentes e unidades ígneas.
Na primeira localização (Natividade) predominam-se as rochas sedimentares mais antigas, destacando-se quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita). Onde o mineral predominante é a dolomita, ou seja, o calcário dolomitico, que é utilizado na correção de pH de solos agrícolas. Devido aos fenômenos físicos e químicos, como desagregação das rochas, erosão e transporte, até a deposição, observou-se que os calcários de coloração avermelhada, cinza e esbranquiçada, bastante untuosa ao tato possuem granulação alta e algumas camadas estratificadas marcadas por micas. A lavra opera com método a céu aberto, sendo em bancadas e encosta. O calcário apresenta um empilhamento estratigráfico que exige certa atenção no desenvolvimento do plano de fogo, pois o material se encontra inclinado e caso a explosão não seja direcionada corretamente, pode causar a desestabilização da encosta e até percas de produção pela mistura de minério com terra. Após a detonação da rocha, o material é carregado em caminhões basculantes, e transportado até a planta de beneficiamento.
Na segunda localização (Chapada de Natividade) o corpo predominante é um depósito aurífero hidrotermal, alojado em veios e vênulas de quartzo e xistos hospedados em espaço restrito de extensa zona de deformação regional. Através do que é chamado de caixa (furo no solo que dá acesso as galerias, revestido com madeira.) homens descem cerca de até 100m até o ponto lavrado, seguros por um improviso de borracha de pneu sustentado por cabo de aço. A descida tem a velocidade regulada por um operador que aciona o pedal de controle do equipamento. A subida é movida pelo mesmo motor, regulada também pelo pedal.
Os garimpeiros escavam de forma manual e carregam as “borocas” (recipiente resistente feito também de borracha) que são içadas até a superfície e carregadas por dois homens, para a proximidade de um britador que opera a úmido. Depois de britado, o material passa por uma calha já com a adição de mercúrio, o que é ilícito pelos danos ao meio ambiente e seres humanos, mas ainda é feito pela facilidade de separar o ouro dos outros fragmentos de rocha sem valor.
Em virtude dos termos analisados podemos observar que a um contraste muito grande na tecnologia usada nas duas minerações. Tendo um maior aproveitamento de prática e conhecimento na mina de calcário, da Nativa Mineração, pois se trata de uma empresa corriqueira e assim podemos ter uma visão mais ampliada das fases da mineração, desde a detonação do minério até seu próprio beneficiamento e saída.
Já em relação aos garimpos de ouro, concluímos que se hoje existem grandes minas a céu aberto e também subterrâneas de extração de ouro, é devido sim, a garimpos como esses que sobrevivem de séculos anteriores.