Manifesto CFP - Drogas: pelo tratamento sem segregação

Conselho Federal de Psicologia cria manifesto no qual expõe suas estratégias frente a complexidade do uso e abuso de substências.

29/08/2011 • Atualizado em 29/08/2011 14:23

O debate sobre o tema das drogas vem ocupando todos os espaços sociais, não permitindo a
nenhum cidadão mostrar-se indiferente ou alheio. Da mesa do jantar às rodas de conversa no
trabalho, das escolas aos becos, do zum-zum no transporte coletivo aos gabinetes políticos,
da polícia à igreja, da imprensa às praças públicas e às casas legislativas, um mesmo tema: a droga.
As conversas giram sempre em torno da receita para o “que não tem receita, nem nunca terá!” Não
é mera poesia, é do humano não caber em receitas. Mas, neste caso, a receita para o que escapa
à norma foi dada. A prescrição médica, psicológica, jurídica, social e política sentencia: fora de
nós, fora da civilização, rumo aos confins do humano. Sem compaixão com a dor e, sobretudo, sem
respeito à cidadania do outro, mas também à nossa, este veredicto arbitra sobre a questão de modo
único, total e violento. O que ele revela sobre nossa sociedade?

O modo como o debate é feito – barulhento, autoritário, monotemático – faz pensar que muito se
fala para que não se veja, no espelho da pergunta, o retrato de outras mazelas e injustiças, ainda não
superadas: a falta de escola, a fome, a ausência de trabalho, de cultura, de lazer e de moradia para
todos, para ficar nas mais recorrentes formas de violação de direitos, convivem lado a lado com novos
problemas e são indicadores de fragilidades sociais que retratam a perpetuação da má distribuição da
riqueza coletivamente produzida. A inserção das pessoas que vivem a ausência de direitos nas redes
do tráfico tem como resultado esse cruel mercado de trabalho para jovens, crianças e adultos pobres.

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) vem a público declarar a legisladores, gestores, juízes,
promotores, especialistas e à sociedade sua posição: não há saída para o sofrimento humano – seja este consequência da submissão do homem a um objeto químico ou não – fora da cidadania. Não há possibilidade, senão no laço solidário e ético com o outro, para a invenção da humanidade de cada um.

 

 

 

 

Leia o Manifesto na integra no link: http://www.pol.org.br/pol/cms/pol/publicacoes/publicacoesDocumentos/manifestodrogascfpfinal.pdf

Participe da discussão

 

Para aderir ao manifesto, visite http://www.peticaopublica.com.br/?pi=CFP2011A

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