No dia 27 de agosto, comemora-se o dia do Psicólogo. Por isso, nós do curso de Psicologia do CEULP-ULBRA, professores e estudantes comemoramos. Mas comemoramos outra coisa também: os 12 anos do curso de Psicologia do CEULP-ULBRA. E foi o que fizemos todos, mas noticio apenas minha experiência com o referido dia.
Deixei as aulas, como previstas no cronograma, mas não abandonei o conhecimento, nem a sala de aula e nem o cultivo da relação professor-estudante. Pelo contrário, as busquei; buscamo-las. Junto com o Centro Acadêmico, incentivado pelos estudantes que, no momento, coordenam o CA, saí da correria que me encontrava e participei da organização da dupla comemoração. A sala do Núcleo Docente Estruturante recebeu (pouco mais de uma semana antes do dia 27), professores e estudantes que tinham o interesse pela comemoração. Todos queriam um evento que pudesse tratar da Psicologia e, ao mesmo tempo, estreitar as relações entre as diversas pessoas que compõem o curso. As idéias surgiram timidamente, mas, no fim da reunião, o grupo conseguiu as bases de um evento dinâmico, interessante e inovador.
Pela manhã, do dia 27 de agosto, três professores do curso de Psicologia desenvolveram duas rodas de conversa com os temas: “Crise na família e modelo de atendimento da psicologia familiar: perspectiva sistêmica” e “Neurose e Psicose: para além do bem e do mal”. Além dessas rodas, a psicóloga Muriel Rodrigues e a Assistente Social Juliana Correia Passos compuseram a roda de conversa com o tema “Violência familiar: intervenção interdisciplinar”. A participação nas rodas foi bastante expressiva, gerando debates pertinentes ao campo de atuação da psicologia. Tive a oportunidade de participar da roda sobre “Neurose e Psicose” e achei que o conhecimento foi de fato construído, de fato trocado, como poucas vezes vejo em sala de aula.
Depois das rodas, o encontro passou a se concentrar no Terraquárium do CEULP-ULBRA. Um almoço foi organizado pelo coordenador do curso e por diversos estudantes. Achei a comida boa (rsrsrs) e considero motivo de felicidade o almoço no evento, entre amigos e colegas. O almoço deu energia para as emoções da tarde. No próprio Terraquárium, fizemos um quiz sobre a psicologia e um show de talentos da psicologia. Ao mesmo tempo desse evento, a professora Ana Beatriz Dupré promoveu a roda de conversa sobre sua tese, apresentando a aplicação da Psicologia no campo da pesquisa. Ao passo que a professora Ana acertava as questões que o público lhe direcionava sobre sua tese, o professor Victor Melo, no caso eu, errava uma questão do quiz, no Terraquarium. Logicamente que continuei na brincadeira...a esportividade aprendi com meu pai, desde criança. Mas isso não é o mais importante.
Aprendi muitas coisas no encontro. Aprendi que os agrupamentos fazem atividades como o quiz para que as idéias circulem da forma mais prazerosa; aprendi também que é nos agrupamentos que conhecemos as pessoas e como isso modifica, para melhor, o meu trabalho como professor; aprendi também que os improvisos que fizemos no Teraquarium servem como instrumentos para grupos terapêuticos e operativos; aprendi também que a música (a arte de forma geral) nos implica em nosso corpo de uma maneira intensa e, por que não dizer, necessária para a nossa formação; aprendi que aulas que fogem das obrigações do cronograma tendem a ser mais proveitosas; aprendi também que há muita idéia boa rodando nas cabeças por aí e que não conseguem tomar corpo; aprendi que as placas das portas de sala de aula do CEULP-ULBRA não estão de acordo com as necessidades de inclusão; enfim aprendi bastante coisa.
Ainda estou ruminando a intensidade do encontro do dia 27, das pessoas novas que conheci, dos conhecimentos novos que adquiri e da alegria. E também estou sanando minha ignorância. Que saiba quem não sabia: a taxa de mortalidade materno é um dado obtido pela divisão entre o NÚMERO DE ÓBITOS MATERNOS DIRETOS E INDIRETOS e o NÚMERO DE NASCIDOS VIVOS, multiplicado por 100.000. Olhem só, fácil, fácil!
