
A egressa do curso de Psicologia do Ceulp Gythana Dantas Cidreira Merigui, em parceria com a professora Ana Beatriz Dupré Silva, submeteu e apresentou o artigo “Medicalização na eduação: a quem interessa?”, durante as sessões técnicas do Caos 2018 ocorridas no dia 24/05.
A pesquisa propôs uma discussão da temática da medicalização na Educação e, sendo assim, teve por escopo a análise desse fenômeno, a fim de discutir como as dificuldades de aprendizagem no contexto escolar são vistas numa perspectiva organicista, desconsiderando o contexto. Dessa forma,se constrói uma tendência de patologizar, uniformizar, rotular, criar um padrão de normalidade, a partir da qual o diferente é estigmatizado e excluído de uma sociedade programada para expelir o “doente”. Diferentemente da medicação, a medicalização desempenha um papel de controle das pessoas, tornando-as agentes passivos diante dos diversos questionamentos sobre o processo de “adoecimento” na sociedade pós-moderna. Diante do exposto considerou-se que esta pesquisa contribuiu para uma reflexão na forma de se compreender as dificuldades de aprendizagem de forma ampla e abrangente. Além disso, possibilitou compreender que comportamentos problemáticos deveriam ser modificados e não medicalizados. As análises evidenciaram que a prática da medicalização não resolve problemas relacionados ao contexto e que as intervenções centradas no próprio ambiente escolar e, quando necessário, com psicoterapia, são mais eficazes que procedimentos farmacológicos.
O artigo será incluído na publicação dos Anais do Caos, que agora conta com o registro ISSN (2595-2110), ação que dá maior peso e credibilidade acadêmica ao evento.

Mais informações podem ser obtidas no site do evento: http://ulbra-to.br/caos/