Gordofobia é tema de intervenção e chama a atenção para estigma
Intervenção utiliza-se de uma série de dispositivos – como fotografias, roupas, frases, varais informativos – para alertar sobre a problemática em torno dos padrões de beleza vigentes
Como desdobramento do Caos 2019, uma intervenção cultural reverberou entre acadêmicos e profissionais de Psicologia, ao ponto de ser executada fora do espaço acadêmico. Trata-se de “A dor do não caber”, sobre a gordofobia enfrentada por mulheres que não se enquadram no padrão estético preconizado pela mídia e pela sociedade. A ação foi conduzida pela profa. de Psicologia Ruth Cabral e pela acadêmica do curso, Isaura Rossato.
Nas intervenções ocorridas na Ulbra e fora da instituição, utilizou-se uma série de dispositivos – como fotografias, roupas, frases, varais informativos – para alertar sobre a problemática em torno do estigma. Neste sentido, para Ruth Cabral, é necessário criar espaços de fala que garantam a realização de debates e de um cenário de acolhimento para as pessoas que se sentem impactadas negativamente pelo estigma da gordofobia.
Historicamente, por serem vítimas do processo de objetificação do corpo, as mulheres tendem a ser ainda mais afetadas pelos padrões de beleza que se proliferam em diferentes fases históricas.
Gordofobia
De acordo com Flávia Carolina (Do Fala! Anhembi), Gordofobia é nada mais do que uma repulsa e intolerância contra pessoas gordas. É um termo recente, porém denomina diversas ações e situações desagradáveis àqueles que convivem com ela. A normalização da intolerância contra pessoas gordas é encorajada por órgãos de saúde pública e campanhas publicitárias – especialmente no verão, quando os corpos ficam sempre à mostra. Uma sociedade que prega um padrão estético inalcançável também colabora com a repressão de quem não consegue comprar uma roupa em uma loja de departamentos popular. (Com informações de https://falauniversidades.com.br )