Nossas ITGirls são notícia

De Ada Lovelace à Parcilene, Madianita, Cristina e Fernanda, as ITGirls fazem a diferença e foram notícia no Portal do Ceulp/Ulbra no dia das mulheres

16/03/2022 • Atualizado em 16/03/2022 15:28
Nossas ITGirls viraram notícia

No Dia Internacional da Mulher nossas ITGirls foram notícia no portal do Ceulp/Ulbra. 

Acompanhe a matéria a seguir:

Da Ulbra Para O Mundo: IT Girls e os desafios da mulher no mercado de T.I.

 

O mercado de tecnologia da informação é um dos que mais cresce no mundo, e as mulheres foram responsáveis por muitas das invenções revolucionárias que abriram caminhos para as facetas que hoje facilitam e impactam nosso dia-a-dia. Ada Lovelace, por exemplo, descreveu no século XIX operações lógicas de uma máquina, que viria ser o computador. Já a cientista formada em física e matemática Katherine Johnson calculou a trajetória do primeiro projeto tripulado da NASA, o Projeto Mercúrio, na década de 50. Depois delas, muitas outras vieram e continuam atuando. 

 

Mas, você sabia que, segundo a ONU Mulheres Brasil, em 2018, apenas 25% da força de trabalho na indústria digital no mundo era feminina? Apesar do pioneirismo, os números atuais mostram uma clara desvalorização das mulheres no mundo da tecnologia, especialmente no Brasil.

 

Segundo a pesquisa #QUEMCODABR, promovida pelo PretaLab e Thoughtwork em 2019, 68% das pessoas que trabalham com tecnologia no Brasil são homens. Além dessa diferença, as mulheres que decidem seguir na profissão ainda têm que enfrentar salários mais baixos e dificuldade em iniciar no mercado de trabalho.

 

E essas diferenças começam desde a sala de aula, já que as áreas de tecnologia tem fama de serem áreas masculinas.

 

“Estudar numa área que é predominantemente masculina é um desafio, não só na vida profissional, mas também na acadêmica.” Aponta a acadêmica de Ciência da Computação Ana Carolina Marinho. “Na faculdade, quando chega o primeiro dia de aula, por exemplo, e você é a única mulher da sala, o que já aconteceu comigo, você se sente um pouco intimidada, com vergonha de fazer perguntas, ser destaque em alguma coisa, falar algo errado e as pessoas te criticarem”.

 

Entretanto, um caminho muito melhor está sendo construído para a nova geração. Visando mudar essa realidade e trazer as mulheres de volta para os holofotes da área de STEM (ciência, tecnologia e matemática), foram criados inúmeros projetos de incentivo em todo o país, como o PrograMarias, Womakers Code, Girls Support Girls, e um em especial que surgiu nos corredores do Ceulp/Ulbra.

 

PIONEIRISMO

Classificados entre os 7 melhores cursos de computação do país pelo MEC, os cursos de Engenharia de Software, Sistemas da Informação e Ciência da Computação se destacam pelo pioneirismo no Tocantins e por ter um colegiado formado majoritariamente por mulheres, um incentivo a mais para as que tem o primeiro contato com as graduações.

 

“A minha maior influência foi a minha participação do XX EncoInfo”, lembra Ana Carolina Marinho. “Eu percebi que havia um maior número de professoras do que de professores no curso, e eu me senti representada. Foi ali também que conheci o projeto IT Girls.”

 

 

EncoInfo 21 / Assessoria de Comunicação Social Ceulp/Ulbra

 

Para Fernanda Gomes o incentivo foi imprescindível. Graduada em Sistemas da Informação desde 2018, hoje ela é professora da Instituição, e quer passar para frente todo apoio e incentivo que recebeu dentro da Universidade.

 

“Tudo o que eu recebi dos professores eu busco passar para os alunos, para as minhas alunas, busco motivá-las, incentivá-las. Eu sempre fui bastante incentivada e tive bastante apoio quando necessitava, então eu busco ser essa ponte e fazer com que elas motivem e apoiem também outras mulheres.”

 

Professora Fernanda Gomes / Acervo Pessoal

 

Porém, a presença feminina ainda é pequena entre os alunos dos cursos - fato que não passa despercebido entre as acadêmicas. Foi durante a graduação, a partir de conversas com os professores e da vontade de aumentar a quantidade de alunas dentro das salas, que a então aluna Fernanda, junto com outras colegas do curso, decidiu que era hora de agir.

 

"Tínhamos 30 colegas e apenas duas meninas em uma disciplina”, ela comenta. “A gente ia percebendo que a cada semestre não entravam mais meninas nos cursos de computação, então a gente foi buscar algumas opções, o que a gente poderia fazer para atrair essas mulheres para o curso.”

 

IT GIRLS

O projeto foi criado depois da movimentação de alunas e do colegiado da Universidade, que entenderam a necessidade de chamar mais meninas e mulheres para as graduações. Entre as diversas ações que promovem, as “garotas da TI” fazem palestras, cursos gratuitos de programação, desenvolvimento web e de aplicativos, tudo voltado para a realidade tocantinense.

 

“A gente busca por meio dessas abordagens divulgar o projeto, atrair, motivar e mostrar para as meninas da nossa cidade, do estado e do mundo que a computação existe e que é uma área muito massa” , destaca Fernanda.

 

EncoInfo 21 / Assessoria de Comunicação Social Ceulp/Ulbra

 

Semestralmente o foco também é fora da Universidade: conquistar novas garotas da TI é um dos principais objetivos do projeto. “Temos momentos dedicados para outras escolas, principalmente de ensino médio. A gente palestra, oferece cursos gratuitos para que as meninas já tenham o contato inicial, já vejam a gente e saibam um pouco sobre os cursos de computação.”

 

Muito além da divulgação, elas também se tornam uma fonte de acolhimento para as acadêmicas dos cursos. Natanna Santos, acadêmica de Ciência da Computação, lembra do primeiro contato com a iniciativa. “Eu conheci o IT Girls através do Ciclo de Seminários, onde é possível apresentar ideias e projetos desenvolvidos nos cursos de TI. Em um desses ciclos foi apresentado o projeto que auxilia e dá suporte para as garotas dentro dos cursos.”

 

Dentro da Universidade, o IT Girls criou eventos como a Semana Multi - Semana Mulheres na TI, com o objetivo de levantar discussões sobre a presença da mulher na área da tecnologia, debater sobre a atual posição da mulher no mercado de tecnologia e os preconceitos sofridos por elas. Além do debate, o evento também é uma porta de entrada para que novas alunas vejam que não estão sozinhas nessa jornada.

 

Semana Multi 2019 / Acervo Pessoal Fernanda Gomes

 

Os eventos também visam buscar novas multiplicadoras, para que o projeto continue levando a tecnologia para as escolas, eventos e claro, para as redes sociais, por muitos anos. “A gente é bastante incentivada a dar continuidade ou implantar palestras e cursos que a gente venha a planejar para o projeto IT Girls.”, finaliza Fernanda.

 

Para apoiar o IT Girls, você pode seguir a página do projeto no Instagram @itgirlsbr. 

 

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