Este projeto nos pareceu interessante divulgar pela singeleza de seus materiais mostrando que a boa arquitetura se realiza com boas ideias, pouco interfere o valor econômico dos materiais. O Centro de Reabilitação Infantil Solano Benitez tem trinta anos, e durante este tempo seu destino institucional não foi diferente ao do país onde se localiza. Paraguai, marcado pelo abandono, a corrupção e a desesperança. Contudo, a atividade deste tipo de centro prossegue, financiada por uma única arrecadação anual por iniciativas semelhantes ao “Criança Esperança” . Foi através de uma destas coletas que se pode financiar a reforma do Centro Solano Benitez. Inspirada em estruturas simples e morfologia contundente da arquitetura vernácula, a intervenção iniciou com a demolição dos compartimentos obsoletos do setor da clínica e do ginásio, uma atuação acompanhada depois pela construção do novo ginásio de hidroterapia, de 140 metros quadrados de superfície. Todo o projeto se desenvolveu contando com os materiais disponíveis: por um lado, fragmentos cerâmicos produzidos pelas demolições anteriores; por outro, portas de vidro temperado doadas por um banco devido à renovação de algumas de suas agências. Enquanto o vidro definiu a solução para a vedação do edifício pré-existente  — organizada por um corredor de paredes de alvenaria branca e cobertura envidraçada —, as demais soluções foram resolvidas com materiais pré-fabricados plasticamente eficazes na concretização de uma singular geometria piramidal da cobertura do novo pavilhão. Acesse o link  www.arquitecturaviva.com/es/Info/News/Details/4732

Fonte: Revista Arquitectura Viva.