Oficina de Acessibilidade no Ambiente Construído terá edição semestral

O sucesso do Projeto de Extensão garantiu sua continuidade em todos os semestres. Capacitar, refletir, mas acima de tudo sensibilizar os acadêmicos foi o objetivo alcançado pela oficina.

21/10/2016 • Atualizado em 21/10/2016 20:05

Depoimentos:

A “Oficina de Acessibilidade no Ambiente Construído”, foi de extrema importância para um maior conhecimento da Norma NBR 9050 e o quanto é importante seu cumprimento em projetos arquitetônicos e projetos urbanos.
Tão ou mais importante foi a conscientização das verdadeiras necessidades e adversidades que uma pessoa com deficiência (PCD) tem que passar.
Com a Oficina foi possível vivenciar ao lado destas pessoas(PCD) o quanto a sociedade e poder público negligenciam o cumprimento das normas, e também como a pessoa com deficiência é invisível perante a sociedade.
Oficina como esta deveriam ocorrer com maior frequência tanto em instituições de ensino, como em empresas em geral; para que assim exista uma mudança de consciência social, podendo com isto proporcionar uma melhor qualidade de vida a pessoa com deficiência(PCD).

Acadêmica: Adriana Rasga

Quando soube da oficina, vi que seria uma boa oportunidade de ampliar meus conhecimentos nesta área, neste assunto de Acessibilidade. Por ser construtora, designer e estudante de arquitetura, o conhecimento adquirido nesta área só vem a contribuir positivamente no produto que vendo e nos projetos oferecidos aos meus clientes; até por que, por outras experiências anteriores posso relatar que: Oficinas, Cursos, Feiras, Congressos, entre outros, são ótimas oportunidades de, em ambientes diferentes do cotidiano, aprendermos muito com a troca de experiências e com o conteúdo apresentado.
Mas, não foi somente este o resultado, foi muito além das expectativas!

Tivemos sim, nestes dois últimos dias, principalmente, uma lição de vida. Duas pessoas, o Professor Euler, deficiente visual total, e a Cleis, cadeirante tetraplégica, nos apresentaram um mundo que não conhecíamos de perto, apenas por ouvir falar ou ver de longe. A consciência que devemos ter como profissionais, devemos ter também como seres humanos.
Percebi em suas falas que os Portadores com Deficiência (os mais esclarecidos) não querem tratamento diferenciado, eles não querem ser especiais, eles querem respeito, querem ser normais, querem ser tratados com igualdade, querem ter vida própria, na medida do possível e das suas deficiências, querem ter sua independência.


Hoje, com os ditos “normais”, se enxergamos, podemos simplesmente passar a não enxergar mais; se andamos, podemos passar a não andar mais; se ouvimos, podemos passar a não ouvir mais; se é assim, então por que não criarmos situações em que todos possam ser beneficiados, sem discriminarmos por cor, raça, credo ou deficiência? Se, o ambiente ideal para todos acessarem é o plano, para que fazermos degraus ou desníveis? Uma rampa resolveria? Se, para atravessarmos uma rua é necessário um sinal, por que termos apenas um sinal sonoro em uma avenida? E nas outras ruas e avenidas, iremos restringir o acesso? Será que outras pessoas não tem algumas destas dificuldades? Será que os idosos ou crianças também não sofrem? Será que somente os “normais” devem ser contemplados? Como agir, o que pensar, o que fazer?
Não pararei mais os questionamentos, se continuar pensando em tudo que esta Oficina, de poucas horas, porém marcantes, através da convivência e experiência com estas duas pessoas guerreiras, batalhadoras e vencedores, que são o Prof. Euler e Cleis, nos proporcionou. A vida “normal” que levam de: trabalharem, se divertirem, curtirem a família, praticarem esporte, terem companheiros que lhes compreendem, lhes ajudam e acima de tudo lhes respeitam, me fez pensar ainda mais que temos o dever, como pessoas e como profissionais, de proporcionar-lhes esta normalidade, transformando o que poderia ser barreira em suavidade, através de ações concretas como projetos profissionais e atitudes pessoais para que, aquilo que em algum momento em suas vidas foi mudado brusca e dolorosamente, lhes transformando em pessoas com alguma deficiência, seja amenizado e lhes remetam a independência pessoal e profissional.
O Arquiteto tem papel fundamental nesta transformação!
Agradeço a oportunidade de aprendizado aos professores Fernanda, Lorena e Thyago!

Acadêmica: Alexsandra Bechara

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