Do Blog: Arquitetando ideias
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Treine o olhar. Comece pelas peças de tua casa. Desenhe a mão livre o teu quarto, procure perceber a escala/tamanho das coisas sem usar réguas. A verdadeira ferramenta do arquiteto se chama percepção espacial. Faça isso pelas ruas, olhe, sinta, perceba. Treine o cérebro. Desenhe a mão livre. Sente na rua e desenhe....viaje.
Grandes arquitetos fizeram seu repertório dessa forma - através da observação, de viagens pelo mundo, de um caderno companheiro, ou folhas soltas onde desenhavam. Suas mentes eram ensinadas a reconhecer as relações de espaço na vida real. Nesses nossos tempos de computação e programas CADs a nos auxiliar, urge treinar a mão, urge treinar o cérebro para que possamos realmente desfrutar dessas ferramentas que fazem quase tudo, mas não o principal. Elas não projetam por nós. A concepção real nasce dentro de nós, da nossa capacidade de ver o que não existe. Ainda.
A comparação entre os traços livres que expressam o conteúdo que se pretende alcançar e a obra pronta mostra o quanto se aproximam. Experimente sentar em frente ao computador sem ter a ideia clara em sua cabeça do quer fazer, para ver o quanto o seu projeto demora a fluir. Ou se flui perde em densidade e certezas. Rascunhar livremente permite que as ideias balancem em nossas mentes, que possamos brincar e construí-las lá naquele espaço que só nós percebemos.
Sobre a oficina:
Nesse sentido o curso oferece essa oficina para despertar e reforçar a importância do desenho e perspectiva à mão livre, estimulando o acadêmico a sentir e perceber através dos primeiros traços e croquis a forma na qual a inspiração e criatividade vão delineando o objeto (projeto) proposto.
Acadêmicos do primeiro ao último período podem participar e dessa forma antes de utilizar a ferramenta computacional, desenvolver a habilidade da pespectiva a mão livre.