O curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra) promoverá, nos dias 07 a 09 de maio, o VII Encontro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo (Encau) que tem como tema “A desigualdade da Urbanização no Brasil”.
De acordo com a organização do evento, o encontro visa proporcionar a complementação da aprendizagem por meio de atividades, oficinas, palestras e produção científica, “ressaltando a importância do arquiteto urbanista na busca por melhorias quanto ao direito à cidade, como benefício à democratização de todos os espaços urbanos e da ocupação ao solo, bem como seus efeitos na cidade enquanto organismo vivo”, explica. São convidados a participar do encontro os acadêmicos de Arquitetura e Urbanismo, interessados no assunto e comunidade em geral.
A palestra de abertura será ministrada pelo doutor João Sette Whitaker Ferreira sobre “A urbanização brasileira desigual e papel do arquiteto e urbanista”. Dentre os demais assuntos debatidos em oficinas e rodas de conversas, estão “Famílias inteligentes: parametrização no Revit”, “Aplicação de produtos químicos na construção Civil”, “Lei de assistência técnica”, “A mobilidade urbana do futuro” e outros. Para o encerramento do Encau, o enfoque regional do tema será a palestra “A desigualdade da urbanização em Palmas/TO” ministrada pelo arquiteto e urbanista Lúcio Milhomem Cavalcante Pinto.
As inscrições para o Encau podem ser feitas até 07 de maio pela página www.ulbra-to.br/encau. Até 27 de abril, o valor é promocional para acadêmicos e profissionais.
Desigualdade Urbana
O caos urbano é evidente nas cidades brasileiras: constantes engarrafamentos, moradias irregulares, especulação imobiliária, serviços públicos precários. Investir em políticas públicas é um avanço, mas não é o suficiente, na opinião da urbanista e autora do livro O Impasse da Política Urbana no Brasil, Ermínia Maricato. Para ela, o direito à cidade depende de uma política urbana de estruturação, que democratize, principalmente, o uso e a ocupação do solo.
A cidade, nas palavras do sociólogo e urbanista Robert Park, é a tentativa mais bem-sucedida do homem de refazer o mundo em que vive mais de acordo com os desejos do seu coração. Mas, se a cidade é o mundo que o homem criou, é também o mundo onde ele está condenado a viver daqui por diante. Assim, indiretamente, e sem ter nenhuma noção clara da natureza da sua tarefa, ao fazer a cidade o homem refez a si mesmo.