Com a orientação das professoras Irenides Teixeira, Ana Letícia Odorizzi e Valdirene Cássia da Silva do Centro Universitário Luterano de Palmas – Ceulp/Ulbra, a egressa do curso de Psicologia, Verena Schultz, realizou uma pesquisa com mulheres que começaram a praticar Ballet Clássico depois de adultas e o impacto psicológico disso em suas vidas. O artigo foi publicado na primeira edição da revista científica da instituição, Singular, periódico em formato eletrônico do Ceulp/Ulbra, com publicações semestrais e circulação nacional e internacional. A edição contou com eixos temáticos estabelecidos pela Capes e um deles é o de Sociais e Humanidades.
Como psicóloga, bailarina e professora de ballet, Verena se viu imersa no tema a partir da formação de uma turma, em 2015, de Ballet Clássico para adultos em uma escola de dança da cidade. “Como era uma turma de adultos não havia o interesse das mulheres em se tornarem bailarinas por profissão, mas sim por prazer, então o foco deveria ser diferente. Com esse pensamento decidi entender a motivação de cada uma dentro daquele contexto.”
Através do estudo da história do ballet, do contexto da mulher na contemporaneidade, dos conceitos de qualidade de vida e os benefícios da atividade física, o artigo destrincha a significação do ballet com símbolo de feminilidade e valorização da autoestima da mulher adulta.
Bailarina desde a infância, Verena participou de diversos festivais e sentiu a pressão das competições, “com o passar dos anos comecei a participar de festivais de dança onde me apresentava e era avaliada por jurados com grande conhecimento na área. Isso gerava uma pressão enorme sobre mim.” indicou ela, com essa vivência foi possível observar que as participantes da pesquisa compartilhavam os mesmo sentimentos que ela quando deixou de competir, “a autoconfiança cresce e junto com ela a ideia que se tem sobre seu corpo e sua personalidade melhora.”
A construção da autoestima e autoconfiança foi o ponto mais importante da pesquisa, com todas as exigências que recaem sobre a mulher em fase adulta tanto com a família quanto com o trabalho e beleza, existe a possibilidade de que essas pressões gerem sofrimento psicológico e físico, mas durante o estudo foi possível observar que além de todos os benefícios que o ballet traz para a saúde física, ele também foca na questão de empoderamento, “foi possível através dos resultados que o ballet promove, verificar um movimento e uma postura mais suave e elegante, de maior empoderamento de si mesma, e aceitação maior de seu corpo, que são algumas características da feminilidade. A mulher, quando passa a se sentir mais confiante e se aceitar mais, pode sentir menos pressão sobre si mesma, entendendo melhor quem é e como vive, se tornando uma pessoa mais tranquila em suas relações.” finalizou a psicóloga.
Confira o artigo na íntegra aqui.