O Trabalho Escravo no Tocantins será tema de um seminário promovido pela disciplina de Questão Social no Estado, do curso de Serviço Social do Centro Universitário Luterano de Palmas, CEULP/ULBRA. O evento se realiza na próxima segunda-feira, 24/11, das 8h às 11h30, no miniauditório (sala 543). Para discutir o assunto foram convidados o delegado Regional do Trabalho, João Bosco, o procurador do Trabalho, Antônio Carlos Cavalcante, e o representante da Comissão Pastoral da Terra, Frei Xavier. A professora Jocelaine Lago Dalanora explica que o objetivo de seminário é ampliar a discussão de assuntos ministrados em sala de aula, promovendo um encontro maior entre os estudantes e a realidade local. “A incidência do trabalho escravo no Estado é grande e não podemos deixar de fora a discussão de temais e relevantes como este”, destaca a professora. Só este ano, foram registradas 30 denúncias de trabalho escravo em fazendas tocantinenses, envolvendo cerca de mil trabalhadores. Das 20 denúncias já investigadas, foram libertados 393 pessoas, até meados de outubro. No universo brasileiro, o número de denúncias chega a 240. Até meados de outubro já haviam sido libertados 4755 trabalhadores, de 150 fazendas. O trabalho escravo caracteriza-se pelo não recebimento de salário. Normalmente as fazendas são distantes e de difícil acesso, impedindo fugas e o retorno para casa. “Os trabalhadores já entram devendo a comida e o transporte e não podem sair porque estão sempre em débito”.