Projeto resgata plantio de arroz no Assentamento Mariana
Por Daniela Oliveira
- Jornalista – Palmas-TO
17/03/2010 • Atualizado em 17/03/2010 11:07
Moradores do Assentamento Mariana a partir de hoje podem fazer o beneficiamento do arroz cultivado na própria comunidade. A aquisição e instalação da máquina de beneficiamento a ser utilizada faz parte do projeto Transferência Tecnológica para Conservação de Grãos e Sementes (TRANSTECON).Segundo o senhor Getúlio Vieira, presidente da associação do assentamento, a máquina de descascar arroz é importante, pois, além de “estar qualificando a mão de obra da comunidade é um incentivo a mais para a retomada da produção do arroz”. Um dos entraves para o cultivo do grão era justamente “o momento de limpar o arroz”, diz Getúlio, já que metade do que era produzido era dado em forma de pagamento, isso fez com que as famílias desistissem da produção.A coordenadora do projeto, professora Dra. Conceição Previero diz que “durante o implementar das atividades deparamo-nos com uma situação inesperada que comprometeria a execução do projeto: a maioria dos agricultores não cultivavam mais o arroz, nem mesmo para a alimentação, diante de uma conversa com a comunidade é que se viu a necessidade de resgatar essa prática, a professora continua dizendo que “o arroz é parte da alimentação básica dos brasileiros”.Outro agricultor do assentamento, Manoel Nogueira, diz que antes do incentivo da professora Conceição a “comunidade nem pensava em plantar o arroz e agora com essa máquina já estamos plantando e vamos plantar mais e, não só a comunidade, mas outros também vão se beneficiar com o cultivo de arroz”, conclui o senhor Manoel.Ao ver o resultado do trabalho a professora conclui que “quando você vê a comunidade voltar a cultivar e beneficiar o arroz é motivo de muita alegria, só quem está envolvido para saber. Ressalta ainda que estes resultados "não estão centrados somente nas relações técnicas, mas também nas humanas”.O projeto em si de acordo com Getúlio trouxe não só mais conhecimento para a comunidade, mais também, uma “consciência maior sobre a importância de trabalhar protegendo o meio ambiente” e ainda tem feito com que mais pessoas da região se integrem a associação, “antes eram apenas 14 famílias e agora são 20 que fazem parte da associação”, diz , tudo isso por conta dos trabalhos que estão sendo desenvolvidos lá.O projeto que é coordenado pela professora Dra. Conceição Aparecida Previero, do curso Engenharia Agrícola do CEULP/ULBRA, com fomento do CNPQ tem como objetivo “validar e transferir tecnologias alternativas de conservação de grãos de e sementes para agricultores do Assentamento Mariana”.