Cidades tocantinenses com maior IDH foram mais vulneráveis à COVID-19 durante pico da pandemia, aponta estudo do CEULP/ULBRA

17/03/2022 • Atualizado em 24/03/2022 09:56

Mentorado pelas professoras do curso de Farmácia, Juliane Panontin, Natália Morbeck e Áurea Walter, o então acadêmico do CEULP/ULBRA, Domingos Marques, hoje farmacêutico formado pelo Centro Universitário, investigou a relação entre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 20 cidades do estado do Tocantins e o número de casos de Covid-19. A pesquisa se debruçou sobre como esses números são influenciados pelo acesso à renda, educação e saúde da comunidade.


De um lado, cidades pequenas com menos fluxo de pessoas na rua, porém com menor acesso a saneamento básico. De outro, cidades de maior IDH, com maior trânsito de pessoas, comércio pujante, aeroportos, mas com maior estrutura urbana. Como fica o final dessa equação?


“Analisando o perfil de disseminação do vírus, queríamos entender se no Tocantins, o Índice de Desenvolvimento Humano tinha alguma correlação com a taxa de transmissão da COVID-19”, explica a professora e coordenadora do curso de Farmácia, Juliane Panontin.


Foram separados dois grupos para a pesquisa: os 10 municípios com os maiores índices de desenvolvimento humano do estado, e os 10 municípios com os menores índices. A conclusão foi que o distanciamento social - ou a ausência dele - é um fator determinante para fazer dos grandes centros os concentradores das maiores taxas de contaminação.

 

Para Panontin, o resultado evidencia a importância do distanciamento social entre os moradores dos municípios, além de reforçar as medidas de prevenção já aplicadas.


As cidades analisada com maior IDH foram Palmas, Paraíso do Tocantins, Gurupi, Araguaína, Guaraí, Porto Nacional, Pedro Afonso, Alvorada, Colinas do Tocantins, Dianópolis. As de menor IDH que participaram do estudo foram Goiatins, São Félix do Tocantins, São Sebastião do Tocantins, Riachinho, Palmeirante, Esperantina, Lizarda, Centenário, Campos Lindos, Recursolândia.

 

Segundo o ranking referente à Taxa de Incidência de casos para cada 1.000 habitantes organizado pelos pesquisadores, as cidades de Colinas do Tocantins, Araguaína, Porto Nacional, Palmas e Alvorada ocupam os cinco primeiros lugares, confirmando a teoria de que cidades com maior população e melhores condições tem uma proliferação maior da doença. A capital Palmas, apesar de possuir o maior IDH do estado, aparece em quarto lugar no ranking geral, com incidência de 113,89 casos para cada mil habitantes.


A pesquisa seguiu o método de análise de dados de todo o primeiro ano da Pandemia, 2020, com dados do censo realizado em 2010, e pode ser utilizada como uma ferramenta para distinguir quais medidas preventivas podem ser mais efetivas em cada cidade, além de como aperfeiçoar o combate ao vírus. Especialmente porque muitas questões envolvem o contágio e a prevenção da doença - desde saneamento básico a acesso a itens de higiene necessários.

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