VII Simpósio de Defesa Sanitária Animal aborda desafios da raiva em herbívoros e prevenção de zoonoses

Durante a iniciativa, os acadêmicos tiveram acesso a informações importantes sobre as doenças

Por Dalvanilde Serra – Palmas-TO
12/11/2024 • Atualizado em 12/11/2024 18:24

Realizado como parte prática da disciplina de Defesa Sanitária em Medicina Veterinária, o VII Simpósio de Defesa Sanitária Animal trouxe à tona temas cruciais para o setor agropecuário. A iniciativa foi organizada pelos estudantes do quarto período de Medicina Veterinária, e abordou principalmente, o controle da raiva em herbívoros e a prevenção de zoonoses, como brucelose e tuberculose, com a presença de importantes especialistas técnicos da área no Tocantins.

Os palestrantes Dra. Carolina Silveira, representante do Programa Estadual de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal (PRECIT) e Dr. Raydleno Mateus, da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adapec), trouxeram contribuições importantes sobre os programas de controle dessas doenças e as dificuldades de sua erradicação no Brasil.

Carolina Silveira destacou durante sua fala a implementação em nível estadual do PRECIT, que visa combater duas zoonoses bacterianas que podem ser transmitidas de animais para humanos. Ela explicou que a junção das duas doenças em um único programa é devido ao fato de ambas serem causadas por bactérias e apresentarem um risco significativo à saúde humana e animal. “O programa foca principalmente na brucelose em bovinos e bubalinos, embora outras espécies também possam ser afetadas”, esclareceu.

Raydleno Mateus da Adapec abordou a complexidade do controle da raiva, que apresenta um ciclo de transmissão tanto no meio rural quanto no urbano, passando pelos ciclos silvestre e aéreo. Ele destacou o papel dos morcegos hematófagos, como o Desmodus rotundus, principais transmissores da raiva em herbívoros. “A doença causa prejuízos econômicos, pois leva ao óbito do animal infectado. O controle é essencial, mas a erradicação total é improvável devido à extensa fauna silvestre no país”, afirmou.

A estudante Bruna Martins, uma das responsáveis pela organização, explicou que a escolha do tema foi impulsionada pelo conteúdo discutido em sala de aula pela professora e coordenadora-adjunta de Medicina Veterinária, Gabriela Fachin. "Esse é um tema atual e relevante, é um assunto que deve ser sempre discutido tanto na área veterinária como na saúde pública. Como estudante, foi uma responsabilidade e um aprendizado muito grande a gente teve contato com os palestrantes, à gente pôde conhecer outras pessoas, entender mais sobre o assunto, porque pra gente fazer esse evento tivemos que estudar ainda mais, o que agregou no conhecimento específico para o curso e também para a vida pessoal", declarou Bruna.

Depoimento parecido com a acadêmica Kauane Eduarda, responsável pelo marketing e captação de patrocínios, que considerou o processo uma oportunidade única para desenvolver habilidades profissionais. “Precisamos enfrentar a timidez, buscar patrocinadores e aprender a divulgar o evento. Foi desafiador, mas essencial para o nosso crescimento. Os dois palestrantes são profissionais importantes na área, que entendem sobre o assunto, então cada partícula da palestra deles que puder absorver será muito útil”, disse Kauane.

O simpósio proporcionou aos participantes uma compreensão ampla sobre a importância do controle sanitário animal e a complexidade das zoonoses. Além de se informarem como são aplicados os programas de zoonoses no estado.

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