O professor mestre Marcello Augustus de Sena, coordenador da Ulbra Medicina Palmas, participou no mês de fevereiro da Reunião Científica Anual da Society of Cardiovascular Computed Tomography (SCCT), realizada em Amsterdã, na Holanda. Considerado um dos eventos mais importantes do mundo na área de tomografia computadorizada cardiovascular (TC cardíaca), o congresso reúne profissionais como cardiologistas, radiologistas, físicos médicos, engenheiros e outros especialistas para discutir avanços científicos, novas tecnologias e tendências em diagnóstico por imagem das doenças do coração.

Durante o evento, Marcello Sena apresentou um estudo desenvolvido no Tocantins sobre as características do apêndice atrial esquerdo, uma estrutura localizada no átrio do coração. Segundo o professor, esse apêndice é um ponto crítico na formação de coágulos em pacientes com fibrilação atrial, a arritmia mais comum em adultos. “Dentro do apêndice atrial se formam muitos coágulos em quem tem arritmia. São esses coágulos que, ao serem liberados, podem chegar ao cérebro e causar um acidente vascular cerebral”, explica.

O estudo apresentado avaliou se haviam diferenças no formato e no tamanho do apêndice atrial entre homens e mulheres. Após a análise, os resultados mostraram que não há variações relevantes entre os sexos. Para Marcello Sena, essa informação tem impacto direto nos procedimentos de oclusão do apêndice atrial, técnica utilizada para evitar a formação e liberação de coágulos. “Saber que homens e mulheres apresentam dimensões semelhantes agiliza a escolha do dispositivo ideal para a oclusão e aumenta a eficiência do tratamento”, destaca.

A oclusão do apêndice atrial é realizada por meio de cateterismo, um procedimento minimamente invasivo que permite isolar a área onde os coágulos se formam. De acordo com o professor, a identificação dos diferentes formatos do apêndice, conhecidos popularmente como “asa de galinha” e “couve-flor” por terem um formato semelhante, é essencial para o sucesso do procedimento.

Para o coordenador, ter um professor da Ulbra Medicina Palmas participando da SCCT, reforça o compromisso da instituição com a pesquisa científica e a formação de excelência. Na Ulbra o incentivo à produção acadêmica começa já nos primeiros períodos da graduação.

“Queremos que nossos alunos se envolvam com projetos de pesquisa desde o início do curso. Isso amplia o conhecimento, fortalece a carreira profissional e abre portas na comunidade científica, além de proporcionar experiências como a participação em congressos internacionais”, finaliza.